quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Pequeno Conto
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Recomeçando
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Começo
E aqueles breves momentos de sádica alegria enchiam sua cabeça. As idéias voavam, corriam,passavam, sem serem realmente saboreadas pela mente turvada pela avalanche de acontecimentos que presenciara. Aqui se faz, aqui se paga. Mas não estava ela antes pagando? O que acontecia naquele momento, no qual os papéis se invertiam, e aquele que antes se torturava com a consciência dos fatos inegáveis, agora ria o riso breve e de arestas loucas do vingativo. Assistia ao desespero do companheiro inicialmente com a preocupação ingênua que parecia nunca querer morrer. Mas esta gradativamente sumia de suas divagações, mais errantes que os ventos selvagens e frescos de uma tempestade, e dava lugar à uma nova forma de entendimento, uma nova compreensão da situação." Seria este mais um dos insólitos falsos momentos de entendimento? "Pensamento este que afligia a mulher. Talvez, mas descobriria só depois de muitas voltas realizadas pelos (não tão pontuais) ponteiros do relógio sobre a cômoda.
Compreendia, mas o tempo levava consigo a explosão de sensações que invadiu o corpo da mulher naqueles anteriores momentos. Não mais controlada pelos mais primitivos sentimentos de vingança e raiva fugidos dos cantos escuros e isolados de uma alma, voltava gradativamente à (in)sanidade que vivia já haviam semanas,meses e talvez anos. Do modo como veio, foi arrancado dela o direito da vitória; que talvez não fosse de tão direito seu assim. E aquele turbilhão causado por palavras mal escolhidas no momento mais inapropriado, se dissipava, esvaía-se pelo vão da compreensão dos outros seres. Escorria e fugia dos olhos e do coração da ignóbil criatura que observava sem nada poder fazer realmente. E ela sentia aquela sensação tão conhecida da perda, simultânea à imobilidade, pulsar febrilmente em suas veias, enquanto não podia fazer nada além de permanecer sentada com seus pensamentos tão sádicos quanto aquele momento, que voltavam a colocá-la debaixo da torneira gotejante. E lá estava ela, de volta ao seu devido lugar debaixo das gotas sussurrantes e indiferentes ao ser cuja sanidade destruíam pouco a pouco, sem querer. Lá estava ela, amarrada novamente. Não mais me moverei até a próxima virada da Lua do pagamento. Até lá, pago. Depois, durmo o sono que há de me libertar dos laços que cegam, e dos caprichos de uma consciência gotejante.
domingo, 15 de agosto de 2010
Como segunda integrante desse blog, tenho tantas pretensões quanto as que meu colega listou no primeiro post (só descer um pouquinho a página).
Não sei falar sobre mim, não tenho também essa intenção. Mas quando a gente coloca um pouco de nós mesmos pra fora sob forma de palavras ou imagens nesse limitado, e paradoxalmente vasto mundo da internet, não há como não se saber um pouco,que seja,sobre a pessoa que escreveu. Por isso, é reservado à todos o direito de não gostar, ok. Mas se quiser me ofender, me xingar, com trollagens e infantilidades, fique sabendo que...não vai conseguir o efeito desejado =D
Se gostar, ótimo! Agradeço pela atenção e pelo tempo dispensado às minhas pequenas criações.
E o tempo ditará o que virá e o que deixará de vir. Boa noite.
Caneca
Diga-me o que bebes e te direi quem és.
Um homem sentado entre amigos, cada um segurando uma caneca, cada um tomando uma bebida diferente. Ao olhar dentro da caneca de cada um, tem-se uma idéia do tipo de pessoa, apenas pela bebida que este consome.
Um deles toma água, sabe-se logo que é uma pessoa indecisa e talvez meio perdida. Outro toma uma vitamina de frutas, tira-se disso que é alguém preocupado com a saúde. Mas o que nos interessa mesmo é o homem citado no início. Sua caneca, agora vazia, ainda apresenta o cheiro forte da tequila misturada com Sprite. Seu copo se esvaziou rapidamente, e, com este, sua cabeça outrora cheia de pensamentos. A bebida forte começa a lhe subir ao cérebro, embaralhando suas idéias e alterando suas emoções.
Sabe-se que este homem não durará muito tempo de pé, ninguém agüentaria muito tempo bebendo assim. E é exatamente por isso que logo se percebe a profundidade desta pessoa: não se sabe ao certo se é alguém desesperado tentando fugir dos problemas ou se simplesmente é extremamente impulsivo.
Talvez este homem seja eu, alguém perdido em pensamentos e sem saber exatamente o que fazer com todos eles. Enquanto não se decide, por que não brincar de embaralhá-los? Assim como em um jogo de cartas, onde se embaralha tudo torcendo para a próxima mão vir melhor.